quinta-feira, 29 de março de 2012

AACD faz parceria para criar jogos de reabilitação física

9/03/2012 - 09h14

"A AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente) firmou nesta semana um acordo com a Microsoft para o desenvolvimento de jogos de videogame especiais para reabilitação.

Os videogames com sensores de movimento, como o Wii da Nintendo e o Xbox, da Microsoft, já são usados em instituições para auxiliar atividades de fisioterapia.

O objetivo agora é criar jogos concebidos por fisioterapeutas e fisiatras da AACD e desenvolvidos com o apoio técnico da empresa.

O presidente da instituição, Eduardo Carneiro, afirma que os primeiros softwares criados nessa parceria podem começar a sair em três ou quatro meses.

A ideia é que pacientes que frequentam a AACD possam levar o aparelho e o jogo para casa e fazer os exercícios. A venda dos jogos para outras instituições no Brasil e no exterior também está no horizonte, segundo Carneiro, e pode ser mais uma fonte de renda da entidade.

Os direitos autorais serão compartilhados entre a instituição e a Microsoft. "Estamos iniciando uma nova era em reabilitação. É um processo sem volta", diz Carneiro.

Os jogos do Xbox com o sensor Kinect, que capta os movimentos do usuário sem a necessidade de controles, já são usados na instituição como parte auxiliar das terapias de reabilitação.

"É difícil que uma criança com paralisia cerebral consiga jogar tênis, mas com esse brinquedo ela consegue. As crianças gostam, saem cansadas do brinquedo, fazem esforço físico mesmo."

Bianca Helena Filippe, 7, é uma das crianças que usam o jogo como parte das sessões de fisioterapia. Ela tem paralisia cerebral e começou a frequentar a AACD com um ano e meio. Está aguardando uma operação corretiva nas pernas há dois anos.

Sua mãe, Rosana Maria Felippe, 46, diz que a menina gosta do videogame. "Quando faz pontinhos, ela fica toda alegre e quer mostrar para mim. Tenho até de sair da sala para ela não perder a concentração no jogo."

Fonte: Folha de São Paulo

Resposta da Deputada Federal por São Paulo - Mara Gabrilli (PNE)

Segue abaixo, um perfil e a resposta da Deputada Federal por São Paulo Mara Gabrilli, sobre um e-mail que encaminhei para seu conhecimento e manifestação:

"Mara Gabrilli, 44 anos, é publicitária, psicóloga, deputada federal pelo PSDB, eleita nas Eleições 2010 com 160.138 votos, para a legislatura 2011-2014.

Ex-vereadora na Câmara Municipal de São Paulo (2007-2010). Nas Eleições 2008, quando reeleita vereadora, foi a mulher mais votada do Brasil com 79.912 votos. Entre 2005 e 2007, foi a primeira titular da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida da Prefeitura de São Paulo.

Fundou, em 1997, o Instituto Mara Gabrilli, OSCIP que apóia atletas com deficiência, promove o Desenho Universal, fomenta pesquisas científicas e projetos culturais.

Mara Gabrilli escreve uma coluna mensal para a revista TPM (Trip Editora) há oito anos, cujas 50 melhores crônicas foram reunidas no livro Íntima Desordem – os melhores textos na TPM (Arx e Versar). Além da TPM, mantém colunas na revista Sentidos (editora Escala) e no portal Vida Mais Livre. Comanda o programa de rádio Derrubando Barreiras: acesso para todos, na Eldorado AM, e o Momento Terceiro Setor, na rádio Trianon AM.

Foi consultora do livro Vai encarar? - A Nação (quase) invisível das pessoas com deficiência (Melhoramentos), de Claudia Matarazzo, e colaborou com o capítulo: “Educação para Todos: uma questão de direitos humanos” no livro Educação 2010 – as mais importantes tendências na visão dos mais importantes educadores (Humana Editorial), entre outras participações em publicações.

Em reconhecimento a sua atuação, foi eleita Paulistana do Ano (2007) pela revista Veja São Paulo, figurou entre os Cem Brasileiros Mais Influentes (2008) das revistas Isto É e Época, e foi finalista do Prêmio Claudia 2008 na categoria Políticas Públicas.

TRAJETÓRIA

Há 17 anos, Mara Gabrilli sofreu um acidente de carro que a deixou tetraplégica. Passou cinco meses internada – dentre os quais dois em respirador artificial – e recebeu uma nova condição para a vida: a impossibilidade de se mexer do pescoço para baixo.

Em 1997, fundou a ONG Projeto Próximo Passo com o objetivo de melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência. Hoje, a ONG se expandiu e transformou-se no Instituto Mara Gabrilli. Suas conquistas recentes foram a ida de três atletas foram às Paraolimpíadas de Pequim e a colaboração, por meio do patrocínio para a vinda de uma cientista indiana para trocar experiência com a pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP) Lygia Pereira, o que resultou na primeira linhagem brasileira de células-tronco embrionárias, a BR-1.

Mara Gabrilli foi a primeira titular da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SMPED) criada em abril de 2005. Desenvolveu dezenas de projetos em diversas áreas: infra-estrutura urbana, educação, saúde, transporte, cultura, lazer, emprego, entre outros. Isso resultou no aumento de 300 para cerca de 3 mil do número de ônibus acessíveis com bancos largos para obesos e piso baixo; na reforma de 400 quilômetros de calçadas adaptadas, inclusive na Avenida Paulista, que com rampas, piso podo-tátil e semáforos sonoros, se tornou modelo de acessibilidade na América Latina; na criação de 39 núcleos municipais de reabilitação física e saúde auditiva; no emprego de mais de mil trabalhadores com algum tipo de deficiência; nas versões em braile ou áudio de todos os livros das Bibliotecas Municipais (Ler pra Crer); na ida de 14.000 pessoas com deficiência ao cinema, teatro e exposições; entre outros que só vêm crescendo em números nas gestões que a sucederam.

Em atuação na Câmara Municipal de São Paulo desde fevereiro de 2007, protocolou 60 Projetos de Lei que trarão mudanças na cidade para melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, mas que, no fim das contas, beneficiarão a toda população.

Sete foram aprovados e são Leis Municipais. Entre eles os que criam os importantes programas para a metrópole: Central de Intérpretes de Libras e Guias-Intérpretes para Surdocegos (Lei 14.441/2007); a que torna Lei o Programa Municipal de Reabilitação da Pessoa com Deficiência Física e Auditiva, determinando a implantação de novos serviços de reabilitação nas 31 subprefeituras da capital (Lei 14.671/2008); o Plano Emergencial de Calçadas (PEC), que permite que a Prefeitura reforme e revitalize as calçadas em vias estratégicas onde estão localizados os diversos equipamentos públicos e privados essenciais à população – correios, escolas, hospitais, etc (Lei 14.675/2008)-; e a que cria o Programa Censo Inclusão, que prevê um levantamento detalhado com perfil sócio-econômico dos cerca de 1,5 milhão de pessoas com deficiência na capital paulistana (Lei 15.096/2010).

Com a experiência acumulada de ajudar a melhorar a vida das pessoas com deficiência na cidade de São Paulo, Mara decidiu expandir esse trabalho para todo o País e candidatou-se a deputada Federal, sendo eleita com 160.138 votos. Ela afirma querer transformar ainda mais, discutindo questões como inclusão educacional, acesso ao SUS, acessibilidade e pesquisas científicas em âmbito nacional: "Como vereadora esbarrava diariamente em questões de legislação nacional. São cerca de 30 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência e é preciso aumentar a conscientização das pessoas e realizar efetivas transformações, através de um trabalho específico nessa legislação."

Conheça mais detalhes de seu trabalho no Portal Mara Gabrilli: www.maragabrilli.com.br"


Sua resposta:

Prezado Fernando, boa tarde. Obrigada pelo contato e desculpe-me a demora de resposta. Recebo cerca de 300 emails por dia e, as vezes, a correspondência se acumula.

Parabéns pela superação e pelo trabalho.

A meu ver você nasceu e viveu durante os anos em que ocorreram mais mudanças no Brasil e no mundo no modo de enxergar as pessoas com deficiência. O ano internacional, seguido pela década, em defesa de nossos direitos determinado pela ONU foi 1980. O "nada sobre nós, sem nós", tornou-se a palavra de ordem que culminou com em 2006 com a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Desde 2008, ratificada pelo Congresso com força de emenda constitucional.

Saimos do conceito assistencialista e do modelo de saúde, para um modelo social e de cidadania. E, ao mesmo tempo, conceitos como sustentabilidade também foram surgindo e transformando o mundo.

Porém, como bem sabemos não bastam as leis para mudar costumes. As mudanças culturais ocorrem aos poucos e ainda vemos muita falta de acessos nas ruas e edificações, transporte público sem acessibilidade, recusa de matricula de crianças com deficiência, empresas não cumprindo ou cumprindo a Lei de Cotas sem envolvimento, e por aí vai.

O senhor pode contribuir muito com a mudança nas empresas onde atua, com sua própria presença e conhecimento do tema. E também orientando as pessoas com deficiência sobre seus direitos, porque muitas ainda desconhecem ou confundem ter equiparação de oportunidades com assistencialismo. Recebo muitos pedidos ainda de pessoas que querem gratuidade em tudo, por exemplo. Aceitam uma cadeira de rodas péssima do SUS mas brigam para ir no show da Ivete Sangalo de graça.

O plano Viver sem Limites é ambicioso e pode trazer muitas conquistas. Vamos acompanhar de perto e cobrar as ações e investimentos prometidos. Há 20 anos, estamos no olho do furacão. ´Vemos mudanças mas não na velocidade que queremos. É um processo continuo, permanente e sem descanso.

Irei visitar seu blog. Acompanhe meu trabalho, mantenha contato e envie críticas e sugestões.
Um abraço, Mara".

sexta-feira, 9 de março de 2012

Que exemplo!!!

09/03/2012 | 13:32
Carro do MPDF estaciona em
vaga destinada a deficientes

Samuel Souza

MOTORISTA SERÁ AFASTADO DO ÓRGÃO



Um carro do Ministério Público do Distrito Federal foi flagrado na tarde de ontem (8) ocupando uma vaga destinada a pessoas com deficiência. O veículo é usado pela corregedora-geral, Benis Queiroz. Segundo a assessoria do órgão, Queiroz não está na cidade, pois participa do Encontro dos Corregedores- Gerais do MP dos Estados e da União, que acontece em Porto Velho/RO, de 7 a 9 de março. O servidor que atua como motorista da corregedora estava responsável pelo veículo e será afastado do cargo e punido com abertura de processo administrativo. A determinação é da procuradora-geral, Eunice Carvalhido, que tomou conhecimento do caso na manhã desta sexta (9).

Fonte: site claudiohumberto.com.br

quarta-feira, 7 de março de 2012

A D V O G A R – VOCAÇÃO, REALIZAÇÃO E MISSÃO

Após mais de vinte anos de atividade profissional entendi que é necessário um novo desafio, um novo paradigma. Percebi que apenas advogar não bastaria. É importante a atuação junto às empresas, associado à inclusão social. Por que falo isso? Duas questões principais sempre me deixaram inquieto: Por que o portador de necessidades especiais, como eu, dificilmente conseguia uma formação profissional adequada, bem como a sua não inclusão na vida em sociedade?
Nasci exatamente a 47 (quarenta e sete) anos atrás, numa gestação de 06 (seis) meses e meio. Durante o parto, por falta de oxigenação, sofri uma lesão cerebral que afetou os meus membros inferiores (diplegia espástica).
Cresci num lar onde estas duas perguntas foram sendo respondidas ao longo do tempo, ou seja, tive oportunidades, com auxílio dos meus familiares e por meu próprio esforço pude alcançar a minha formação profissional e me incluir no mercado de trabalho.
No entanto, embora minha realidade muito particular tenha sido diversa, não é o que se observa na maioria das pessoas na mesma situação que a minha, por exemplo.
O que se vê? Via de regra, o portador de necessidades especiais atrelado a benesses sociais dos níveis de governo, muitas vezes dependente de uma ou mais pessoas, evidentemente com raras exceções. Baseado nessa realidade e utilizando minha experiência pessoal, venho dar minha contribuição para a mudança da realidade social que nos norteia.
Meu sonho, desde que ingressei na faculdade de Direito, era e é aliar meus conhecimentos, minha atividade e meus anseios, visando auxiliar àqueles que mais precisam sejam empresas, entidades e/ou pessoas.
Desde meu início no Direito fui levado à advocacia empresarial, mas nunca fiquei dissociado dos meus verdadeiros objetivos, razão pela qual hoje me sinto capacitado para a realização de tão árdua, mas bela tarefa.
Sendo assim, no dia-a-dia profissional, no trato com as empresas, sempre percebi um tanto de desatenção no que diz respeito às questões jurídico-administrativas, isto quer dizer: Uma falta de assessoria/consultoria jurídica, visando, em outras palavras, a proteção de seu produto/serviço, de seus funcionários e fornecedores, associado a possibilidade de inclusão, ascensão e promoção dos portadores de necessidades especiais, sejam nas empresas e/ou como consumidores em potencial. Atualmente, muitas empresas vêm atentando para esse fato e os resultados são altamente positivos. Porém, em nossa região, infelizmente, isso ainda é incipiente.
Neste diapasão gostaria de saber qual é a realidade no restante do país e o que poderia ser feito para adequar minhas idéias com as realidades sociais?
Fico no aguardo de algumas orientações, opiniões, sugestões sobre o tema proposto.
Atenciosamente,
Fernando Hofmeister de Moraes
Advogado
Contatos: e-mails: fernandomoraes843@gmail.com
fernandohmoraes@ig.com.br
blog: http://www.comoserdeficientenomundo.blogspot.com/

segunda-feira, 5 de março de 2012

Estudo aborda política social nas empresas

Estudo aborda política social nas empresas


Por: Raquel Bierhals
raquel@diariopopular.com.br

Que a implantação de políticas sociais é atribuição do Poder Público, ninguém duvida. Porém, quando elas ainda são insuficientes ou não chegam, a iniciativa privada acaba assumindo essa posição. Há pontos fortes e fracos nessa atitude, mas a prática, na visão de empregados e empregadores, parece ser positiva.

A temática da responsabilidade social na empresa e a inclusão pelo trabalho foi objeto de estudo da mestre em Política Social pela Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Taís Ullrich. A dissertação, apresentada na última semana, teve como estudo de caso o posto de combustíveis pelotense Cidadão Capaz.

Graduada em Administração, Taís escolheu o tema na intenção de contribuir na consolidação de um conceito de responsabilidade social, hoje ainda amplo e muitas vezes divergente. Não raro, acaba sendo confundida com filantropia ou marketing. No entanto, as empresas que optam por contribuir através de políticas sociais promovem benefícios para seus negócios mas também para as pessoas incluídas e para a sociedade.

As ações resultam positivas para os funcionários, que estariam à margem social e agora estão incluídos por meio do trabalho, bem como para a empresa, para o mercado e para a economia. A empresa de pequeno porte é eximida da lei 8.213, que obriga as organizações com mais de cem funcionários a preencher de 2% a 5% de seu quadro funcional com pessoas com deficiência. Dessa forma, o Cidadão Capaz foi escolhido por não se enquadrar na legislação, encarando a prática como uma preferência do empresário - explícita na política da empresa.

Para saber mais a respeito da responsabilidade social nas empresas discutida na dissertação de mestrado de Taís, bem como a história dos 11 funcionários de um dos 16 postos brasileiros que aderiu ao projeto de inclusão social da Petrobrás, leia a matéria na íntegra na edição impressa do Diário Popular desta segunda-feira (5).