segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Número de candidatos com deficiência em concursos é inferior a 5%

28/11/2011 - 07h05

"Número de candidatos com deficiência em concursos é inferior a 5%


CAMILA MENDONÇA
DE SÃO PAULO

Em fevereiro, Célio Ribeiro, 29, tomou posse como técnico de ensino médio no Tribunal de Justiça de São Paulo. Ele ainda aguarda chamada do concurso que fez em 2009 para o Banco Central.

O profissional, que tem má-formação congênita nos quadris, avalia que há mais oportunidade de crescimento no setor público. "Remunera melhor e tem gestão de carreira estruturada", afirma.

Ivoneide da Silva, que não tem a perna esquerda, está preprando-se para prestar concurso do Banco do Brasil

Há dois anos, Ribeiro estuda para concursos e aproveita a reserva de vagas para ampliar suas chances de ingresso. Pela regra, os editais das seleções devem direcionar de 5% a 20% dos postos para pessoas com deficiência.

A presença desses profissionais no setor público, no entanto, não tem alcançado esses percentuais até agora -e um dos motivos é a baixa representatividade de inscritos, segundo especialistas.

Para o concurso da Prefeitura de São José do Rio Preto de julho deste ano, por exemplo, 103 dos 38 mil candidatos -ou 0,27%- declararam ter alguma deficiência, segundo a Fundação Vunesp.

O profissional não crê que tem condição de passar e, por isso, não faz inscrição, analisa Maria Thereza Sombra, diretora-executiva da Anpac (Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos).

MAIS CHANCE
Por enquanto, as vagas reservadas têm, geralmente, menos concorrência que as demais, indica Fabrício Bolzan, professor da LFG, de cursinhos preparatórios.

Não há atualmente nenhuma pessoa com deficiência matriculada em um dos cursos preparatórios da instituição de ensino, segundo ele.

Ivoneide Maria da Silva, 31, foge à regra: frequenta cursinho preparatório para se preparar para concurso do Banco do Brasil.

Ela, que chegou a São Paulo aos 16 anos para colocar prótese e suprir a ausência da perna esquerda, trabalhou como mensalista, fez supletivo para terminar o ensino médio e conquistou sua primeira vaga com carteira assinada aos 28 anos.

Hoje, no segundo ano de administração de empresas, a bancária diz almejar estabilidade. "Quero ter uma carreira tranquila e a chance de crescer como qualquer um."

"A pessoa com deficiência está descobrindo que o concurso é um processo democrático", explica José Luis Baubeta, diretor de RH da Central de Concursos.

EM ANGRA 1 EM 5 VAGAS É PARA DEFICIENTE
Das cem vagas de níveis superior e técnico oferecidas pela Câmara Municipal de Angra dos Reis (RJ), 19% estão reservadas para pessoas com deficiência -por lei, o mínimo é 5%.

A cota, que quase alcança o teto de 20%, é incomum, segundo Maria Thereza Sombra, diretora-executiva da Anpac. "O que mais vemos são recursos na Justiça para que editais cumpram a regra."

As inscrições vão até 15 de dezembro pelo site www.institutomais.org.br e custam R$ 16 (nível médio) ou 18 (superior). O salário chega a R$ 2.369".


Fonte: Folha de São Paulo online

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Notícias..

25/11/2011 - 07h20

Cota para deficiente na Copa-2014 gera disputa

EDUARDO OHATA
DO PAINEL FC
RODRIGO MATTOS
DE SÃO PAULO

O espaço reservado a deficientes físicos em arenas da Copa do Mundo de 2014 transformou-se em polêmica envolvendo autoridades públicas brasileiras sobre os direitos de minorias no evento.

  • A lei nacional prevê número de lugares bem maior que as normas internacionais e que os projetos das arenas. A diferença chega a até 11 vezes mais, como no Maracanã.

Responsáveis pelas arenas dizem que a legislação brasileira é exagerada e deveria ser revisada. Mas o governo federal defende que a lei seja cumprida. Assim como os representantes de deficientes.

Se a legislação for mantida, haverá alteração em todos os projetos de estádios, com o encarecimento deles. Além dos lugares especiais, serão necessários mais assentos para acompanhantes e mais acessos por rampas.

Um estudo do Ministério do Esporte obtido pela Folha mostra o tamanho da diferença de padrão.

O projeto do Itaquerão conta com 300 lugares para pessoas com deficiência. Pela legislação, teriam de haver 2.720 assentos ou espaços.

Afinal, o decreto 5296/2004 prevê 2% dos lugares a cadeirantes e outros 2% a deficientes visuais, obesos e pessoas de pouca mobilidade.

O Green Guide, referência na Europa e na Fifa, indica 266 espaços. O documento base norte-americano prevê 351. E a norma técnica brasileira, anterior à lei, exigiria 231 assentos aos deficientes.

"Ninguém é contra os direitos dos deficientes, mas 1.400 vagas para cadeirantes e mais 1.400 para deficientes visuais e obesos em um estádio é absurdo", diz Eduardo Castro Mello, arquiteto do Estádio Nacional, de Brasília.

Para os responsáveis pelas arenas, o decreto é equivocado porque aplicou para grandes estádios uma regra feita sob medida para espaços menores, como teatros.

"Se for atender a lei, é um volume de espaço muito grande. Até porque são espaços e assentos", ressaltou Miguel Capobiango, responsável pelo projeto de Manaus. "Vai encarecer os projetos porque vai exigir alterações."

A intenção do governo federal é que os lugares sejam espalhados pelos estádios, com disponibilidade em vários setores, e não todos postados em um só espaço.

"Para nós, os locais não devem ser concentrados", concordou o secretário extraordinário da Copa-2014 em Pernambuco, Ricardo Leitão. "Mas a capacidade será reduzida se seguirmos a lei."

A legislação não é respeitada na maioria das arenas que recebem jogos atualmente no país. Elas seguem normas internacionais, com menor número de assentos, concentrados em um setor, como os cerca de 300 do Morumbi.

"Temos boa ocupação assim. Se fôssemos botar mais, ficaria ocioso", afirmou o assessor da presidência do São Paulo José Mansur.

Haverá reunião sobre o tema na próxima semana entre as cidada-sedes da Copa e o governo. O assunto se arrasta há seis meses, desde que o ministério alertou os donos dos estádios da necessidade de seguir a lei. Enquanto isso, as obras continuaram sem alterações nos projetos.

SECRETARIA DA PRESIDÊNCIA INSISTE EM CUMPRIMENTO DE DECRETO

A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República defende o cumprimento do decreto 5.296/2004, confirmou à Folha, via nota.

Durante um debate do Comitê de Responsabilidade da Copa, um representante da secretaria sugeriu que, para não sobrarem espaços ociosos, seja estipulado um prazo para a aquisição das áreas reservadas aos deficientes.

"Passado esse prazo, esses assentos poderiam ser vendidos para o público em geral, e os espaços, adaptados de acordo com o perfil das pessoas que compraram os ingressos", diz o comunicado.

A secretaria também aborda o argumento de arquitetos de que as instalações adaptadas aos deficientes físicos encarecem os estádios.

"As pessoas com deficiência têm que ter equiparação de oportunidades e a oportunidade de optar onde desejam estar acomodadas. Todas as obras devem contemplar o desenho universal desde o início", finaliza a nota oficial.

Antônio Manuel da Silva, secretário-geral da Associação Trabalhista dos Direitos e Interesses das Pessoas com Deficiência, concorda.

"Se os Estados não seguirem a lei, vamos recorrer ao Ministério Público", diz Silva, que calcula que, no Brasil, existam 45 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência física.

Divulgação
Imagem do projeto de como o Itaquerão deverá ficar depois do Mundial
Imagem do projeto de como o Itaquerão deverá ficar depois do Mundial

Fonte: Folha de São Paulo online

O início... em resumo.. (4)

continuando...

Minha infância foi bastante feliz (embora uma ou outra vez precisasse ir aos médicos, fisioterapia, cirurgia e etc..), sem dúvida, fui e sou uma pessoa privilegiada...
No colégio, desde o ínicio, embora as dificuldades naturais, sempre fui cercado de todo carinho e atenção... tanto pelos professores, como pelos colegas... muitos deles mantenho contato até os dias de hoje...
Isso não representava facilidade não... muito ao contrário, muitas vezes era exigido até bem mais que os outros... pois, nem sempre podia estar em aula (em função das ausências motivadas pelas questões médicas), e tinha que recuperar matéria (isso devo muito ao apoio da família, pai, mãe e irmãs e aos colegas).
Apesar disso jamais "perdi o ano", sempre procurava me superar (aliás ainda hoje também faça isso..), acompanhava minha turma e tinha uma relação bem legal com todos..
Deus me deu uma qualidade natural... ser fácil de fazer amigos...
Acho que minha deficiência, especialmente naquela época (dos 05 aos 12 anos), embora, num primeiro momento, pudesse afastar, em realidade ajudava na aproximação (até pela curiosidade), já que naquele tempo... não era muito usual (ou na expressão do momento politicamente correto), expor um deficiente...
Nisso também minha família sempre foi diferente... pois nunca tiveram vergonha, medo, receio, pena, culpa, ou outro sentimento negativo sobre minha condição.. bem ao contrário... tinham orgulho de mim...
Acho que meus colegas sentiam isso também, e, portanto, facilitavam os laços de amizade...
Desde sempre gostei de cultivar amizades.... era aberto e franco quanto a minha condição... característica que mantenho sempre..
Minha memória desta fase me levam para muitas brincadeiras, jogos, alegrias, parcerias, molecagens e etc... ou seja, fiz tudo o que era possível e permitido para um menino daquela época.
Sempre que possível minha casa estava cheia de gente, (colegas e amigos). Gostava, (como gosto até hoje), de recebê-los..
Também frequentava muito a casa deles.. tenho orgulho de conhecer as famílias de meus amigos...
Vejam que esta característica herdei de meus pais (especialmente minha mãe), que sempre cultivaram seus amigos...
Lembro com alegria as festas, aniversários, brincadeiras, tanto no colégio, como com os meus vizinhos...
Aqueles que forem testemunhas disso, gostaria que contassem suas histórias...

continua..

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Homenagem...


Hoje quero fazer uma homenagem....
Homenagem para minha mãe...
Pessoa que, em grande medida, forjou o que hoje eu sou...
Hoje se completam 30 dias de seu falecimento...
Mulher de grande coragem, (quem vem acompanhando meu blog pode testemunhar), de grande fé, de muita força.
Pessoa amada por Deus, e por todos nós..
Sempre pronta para ajudar, dar uma palavra de conforto e de carinho..
Mulher de muita presença e de posições firmes...
Mãe dedicada e delicada...
Amiga de verdade de seus amigos.... e também dos outros..
Mãe presente e atuante...
Esposa fiel, companheira, e formadora de nossa família (junto com o pai).
Que me deu sempre exemplo de como ser pessoa...
Exemplo de ser humano, acarinhada por Deus, que sempre deu seu Sim, para quando e onde ELE precisasse...
Mulher muito a frente de seu tempo...
Batalhadora, verdadeira, responsável, exigente, amável, carinhosa...
Para aqules que tiveram a ventura de conhecê-la sabem que estas palavras correspondem ao que ela era e é...
Ficou o vazio da presença física, mas ganhei uma intercessora no céu...
Mãe amada, continua me abençoando (agora com muito mais força), junto de Deus...
Obrigado por tudo.... sem você eu nada seria...
Levo sempre na memória nossas infindáveis conversas, nossas confidências, nossas parcerias, nossas coincidências.... mas, acima de tudo, levo comigo o exemplo de mulher e de MARIA...
Um beijo do teu filho que te ama muito.


terça-feira, 22 de novembro de 2011

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Matéria sobre emprego para deficientes

Fonte: site TERRA


"Taboão da Serra tem 300 vagas para pessoas com deficiência
18 de novembro de 2011 16h19
 
  • Marina Pita

Direto de São Paulo
As pessoas com deficiência moradoras do município de Taboão da Serra ou região poderão enviar currículo para a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda para participarem de seleção para 300 vagas específicas. As inscrições vão até o dia 25 de novembro.
As vagas são para trabalhar no Banco Itaú, das unidades da Vila Leopoldina e Pinheiros, os cargos são operador de atendimento e assessor operacional. Para se inscrever é preciso ter pelo menos 18 anos e ensino médio completo. Para a vaga de assessor operacional o banco também requer seis meses de experiência.
O salário oferecido é de R$ 1.250 para operador de atendimento e R$ 1.937 para assessor operacional. Os aprovados também receberão vale-transporte, vale-alimentação, seguro de vida, participação nos lucros, assistência médica, odontológica, 14º salário, desconto na mensalidade de faculdade, além de curso de idioma e academia.
As vagas são resultado de uma parceria da prefeitura de Taboão com a Associação dos Amigos Metroviários Excepcionais (AAME), uma organização não governamental que trabalha pela inserção profissional de pessoas com deficiência. De acordo com a prefeitura de Taboão, pessoas com visão monocular, surdez em um ouvido, com deficiência mental leve, ou deficiência física que não implique na impossibilidade de execução normal das atividades não podem concorrer às vagas por não serem beneficiadas pela Lei 8.213/91.
Para tirar quaisquer dúvidas sobre o enquadramento ou não das pessoas para as vagas disponíveis, entrar em contato com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico pelo telefone (11) 4788 7888. De acordo com a Lei de Cotas, as empresas que têm entre 100 e 200 empregados devem reservar pelo menos 2% da quantidade de vagas para profissionais com deficiência. Para empresas com até 500 funcionários a cota sobe para 3%; com até 1 mil, 4%; e acima de 1mil a cota estipulada pela lei é de 5%. "

Notícias..

Conforme o Blog Sem Barreiras da jornalista Bruna Gosling do SPORTV, que está cubrindo as Paraolimpíadas, em Guadalajara, no México, onde o Brasil está "dando um banho", temos esta notícia que transcrevo:

"PARALÍMPICOS E PARAPAN
Então, é isso, preparem os ouvidos e vamos logo nos acostumando a falar! A partir do dia 26 de Novembro, sábado que vem, o nome “Paraolímpico” estará oficialmente banido, passaremos a dizer “Paralímpico”. Jogos Paralímpicos, Movimento Paralímpico, Atleta Paralímpica. A mudança segue orientação do COI, faz parte de um alinhamento global para padronizar a expressão com todos os outros países da língua portuguesa. Gostaram? Acham estranho? A gente se acostuma…
Enquanto as Paralimpíadas de Londres não chegam, vamos seguir falando do Parapan de Guadalajara! Acompanhamos o duelo super equilibrado entre Iranildo Espíndola e Ronaldo de Souza na disputa individual do Tênis de Mesa, como havia contado no Post anterior! Agora, vejam detalhes sobre a história desses grandes amigos!

Falando em amizade, separamos também a história de Marleide e Nelma, dupla do Ciclismo brasileiro, categoria Tandem, que veio à Guadalajara competir em 4 provas – falta a de Estrada – quem sabe não pinta uma medalha para elas, hein?! Vale conhecer essa história…

Abaixo, uma foto com Javier Silva, Fausto Sparza e Bernardo Álvarez! Os três mexicanos querem divulgar uma nova modalidade paralímpica: o Ciclismo Independente para Cegos. A idéia consiste em um ciclista deficiente visual dar voltas no velódromo, pedalando sozinho, orientado pelo guia através de um rádio de comunicação. Após a demonstração de ontem, no Parapan, Fausto contou que durante os treinos, iniciados em Fevereiro, Javier chegou a percorrer toda a pista engatinhando, para apalpar os trechos, imaginar as curvas, enfim, desenvolver uma memória do circuito. O assunto é polêmico já que envolve muitos riscos, se a moda vai pegar, eu não sei… O que você acha?

Ciclismo Independente para Cegos. Será que pega?


quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Governo investe R$ 7,6 bi em plano nacional para pessoas com deficiência

17/11/2011|13:11   - Blog Cláudio Humberto
Governo investe R$ 7,6 bi em plano nacional para pessoas com deficiência


A presidenta Dilma Rousseff vai lançar nesta quinta (17) o plano "Viver sem Limite", que prevê a inclusão de pessoas com deficiência. O investimento previsto é de R$ 7,6 bilhões até 2014. O plano será coordenado pela Secretaria de Direitos Humanos com o auxílio de mais 15 órgãos do governo e vai destinar R$ 1,8 bilhão na área da educação, além de R$ 1,4 bilhão na saúde.


Vou acompanhar os desdobramentos desta notícia...

O início... em resumo.. (3)

continuando...

Bem, no meu período em São Paulo, não tenho muitas outras lembranças, até porque era muito pequeno..
No entanto, ao retornar desta empreitada, posso dizer que comecei realmente minha história.
Com 05 anos de idade, pude, em função das cirurgias, iniciar minha fisioterapia, bem como minha vida escolar...
É claro que não foi de um dia para o outro que pude ir me independizando... isso levou algum tempo.
De todo modo, com apoio dos meus pais e das minhas irmãs, sinceramente, não sentia e não sinto, nenhuma forma de diferenciação, com relação as outras pessoas, e, naquela época, de outras crianças da mesma idade.
Tive uma infância feliz, claro que acompanhada de uma ou outra cirurgia, (na esperança de me dar uma vida e uma condição física adequada), que fazia com que eu me afastasse provisoriamente das minhas coisas, do colégio, da minha família e de meus amigos, mas que de modo algum impediram minha vida escolar.. a formação de grandes amizades (muitas que perduram até hoje), vida social, muitas brincadeiras... em fim uma clara felicidade... hoje posso dizer...
Para que possam avaliar digo que na infância e adolescência, não deixei de fazer nada que fosse comum as demais pessoas...
Com o inegável apoio dos meus pais, realmente não me sentia um deficiente.. ao contrário, me sentia um verdadeiro super-herói, que apesar das dificuldades que tinha que enfrentar, não deixava que a "peteca" caisse no chão...
É claro que tinha meus momentos... mas, quando estava com a família e os amigos, eu era igual e era tratado como tal...
Me lembro de que muitas vezes, com meus amigos de colégio, da rua... jogava futebol, seja em casa ou outro local, (sempre no gol) e eles "não tinham pena" mandavam ver... eu me sentia o próprio Leão (goleiro mais famoso da época), procurava fazer defesas e muitas vezes fazia... para não deixar meu time na mão... se não acreditam peço que alguém daquela época faça seu testemunho...

continua...

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Gostaria da atenção de todos... boa reflexão!!

Queridos amigos, queiram prestar atenção no texto que extrai do blog do jornalista de Brasília Cláudio Humberto, merece reflexão.

"15/11/2011|17:13
 
 
'EU AJUDEI A DESTRUIR O RIO DE JANEIRO' - artigo de Sylvio Guedes
No momento em que se celebra a "ocupação" da favela da Rocinha, sem explicar por que o Rio de Janeiro tolerou o controle exercido por uma década pelos traficantes, em uma comunidade de quase meio milhão de pessoas, é hora de reler o artigo do jornalista carioca Sylvio Guedes. Radicado em Brasília, ele foi editor-chefe dos principais jornais da capital. O título do artigo é "Eu ajudei a destruir o Rio de Janeiro":
É irônico que a classe artística e a categoria dos jornalistas estejam agora na, por assim dizer, vanguarda da atual campanha contra a violência enfrentada pelo Rio de Janeiro. Essa postura é produto do absoluto cinismo de muitas das pessoas e instituições que vemos participando de atos, fazendo declarações e defendendo o fim do poder paralelo dos chefões do tráfico de drogas.
Quando a cocaína começou a se infiltrar de fato no Rio de Janeiro, lá pelo fim da década de 70, entrou pela porta da frente.
Pela classe média, pelas festinhas de embalo da Zona Sul, pelas danceterias, pelos barzinhos de Ipanema e Leblon.
Invadiu e se instalou nas redações de jornais e nas emissoras de TV, sob o silêncio comprometedor de suas chefias e diretorias.
Quanto mais glamuroso o ambiente, quanto mais supostamente intelectualizado o grupo, mais você podia encontrar gente cheirando carreiras e carreiras do pó branco.
Em uma espúria relação de cumplicidade, imprensa e classe artística (que tanto se orgulham de serem, ambas, formadoras de opinião) de fato contribuíram enormemente para que o consumo das drogas, em especial da cocaína, se disseminasse no seio da sociedade carioca – e brasileira, por extensão.
Achavam o máximo; era, como se costumava dizer, um barato. Festa sem cocaína era festa careta.
As pessoas curtiam a comodidade proporcionada pelos fornecedores: entregavam a droga em casa, sem a necessidade de inconvenientes viagens ao decaído mundo dos morros, vizinhos aos edifícios ricos do asfalto.
Nem é preciso detalhar como essa simples relação econômica de mercado terminou. Onde há demanda, deve haver a necessária oferta. E assim, com tanta gente endinheirada disposta a cheirar ou injetar sua dose diária de cocaína, os pés-de-chinelo das favelas viraram barões das drogas.
Há farta literatura mostrando como as conexões dos meliantes rastaquera, que só fumavam um baseado aqui e acolá, se tornaram senhores de um império, tomaram de assalto a mais linda cidade do país e agora cortam cabeças de quem ousa lhes cruzar o caminho e as exibem em bandejas, certos da impunidade.
Qualquer mentecapto sabe que não pode persistir um sistema jurídico em que é proibida e reprimida a produção e venda da droga, porém seu consumo é, digamos assim, tolerado.
São doentes os que consomem. Não sabem o que fazem. Não têm controle sobre seus atos. Destroem famílias, arrasam lares, destroçam futuros.
Que a mídia, os artistas e os intelectuais que tanto se drogaram nas três últimas décadas venham a público assumir:
“Eu ajudei a destruir o Rio de Janeiro.”
Façam um adesivo e preguem no vidro de seus Audis, BMWs e Mercedes.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O início... em resumo.. (2)

continuando..

Pois bem, este período que estive em tratamento em São Paulo, embora eu fosse bem pequeno, tenho algumas lembranças bem interessantes..
Minha mãe (que merecerá um post especial), nessa época, para poder me acompanhar deixou minhas outras duas irmãs, uma mais velha outra mais nova, aos cuidados do pai e de outros parentes...
Fomos eu, ela e uma auxiliar, (muitas vezes também acompanhada por uma sobrinha), para a metrópole paulista.
Cabe aqui referir que meu pai, em função de trabalho, (inclusive para ajudar na manutenção de todas as despesas), nos acompanhava sempre que possível..
Isso, portanto, quer dizer que em muitos momentos minha mãe tinha que enfrentar essa situação difícil, numa época de muito poucos recursos médicos e de comunicação, sozinha..
Lembro vagamente do apartamento que alugamos para nossa permanência lá.. e a situação que me encontrava. Num primeiro momento gessado em ambas as pernas, com uma tala no meio, sem possibilidade de grande mobilidade, tudo para poder ajudar na cicatrização das cirurgias.
Eu hoje imagino, quão deve ter sido penoso para minha mãe ter que me dar carinho, atenção e me ajudar, (uma criança de 03 ou 04 anos), em cima de uma cama não podendo "se mexer".
Cabe referir que naquela época, diferente de hoje em dia, não havia internet, celular e etc...
Os únicos divertimentos era uma pequena tv colorado RQ, preto e branca, para ver os poucos programas de televisão que haviam..
Como consolo, minha mãe acompanhava o movimento, muitas vezes pela janela do apartamento, já que o prédio era vizinho da sede da Rede Globo em São Paulo. Portanto, todos os programas de auditório da época eram ali realizados, causando aquele "frisson" dos artistas mais famosos do momento.
Tenho também lembranças das sessões de fisioterapia na ABBR, especialmente na piscina, após o período de cicatrização e sem as talas e as botas de gesso..
Era um momento de grande felicidade e satisfação..
Acho que foi especialmente neste período que fui desenvolvendo com minha mãe uma relação afetiva muito particular, de amor, cumplicidade, amizade e parceria, que durou até seu recente falecimento...

continua...

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O início... em resumo.. (1)

Hoje quero começar contando para vocês o inicio de tudo...
Nasci numa família maravilhosa, que me proporcionou condições para eu ser o que sou hoje..
Meus pais, apesar de todas as dificuldades, (eu ter nascido de um parto prematuro - 06 meses e 22 dias - há mais de 46 anos atrás), tendo já uma filha mais velha, nunca deixaram faltar nenhuma condição para que pudesse me desenvolver..
Cercado dos carinhos e atenções necessários, (possuindo também um grande amparo dos médicos, amigos e familiares que me acompanharam e alguns deles me acompanham até hoje) fui me desenvolvendo, embora toda a precariadade da medicina de então.
Minha deficiência física foi causada pelo desenvolvimento de uma lesão cerebral (motivada por falta de oxigenação durante a gestação e o parto), o que ocasionou uma paralisia dos membros inferiores, dita espástica, sendo que nos primeiros anos de vida, não tinha condições de me manter em pé, sem apoio, já que me deslocava somente me arrastando ou gatinhando.
Por volta dos 04 (quatro) anos de idade fui submetido a várias cirurgias na cidade de São Paulo, aos cuidados do Dr. Renato Bomfim - já falecido -, que, em última análise, tinha por objetivo me colocar em pé. E assim foi feito. Fiquei em tratamento cirurgico e fisioterápico, por cerca de 03 ou 04 meses. Cabe aqui realçar que minha fisioterapia foi toda ela realizada na  ABBR - Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação, uma das poucas instituições que havia na época.
Quero aqui, mais uma vez agradecer todo o empenho, principalmente dos meus pais, dos médicos, dos amigos e demais familiares, que deram suporte para minha "aventura" em terras paulistas, já que no Rio Grande do Sul, não possuíamos as mesmas condições dos grandes centros...


continua...

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Mais uma das tantas barbaridades que sofremos nos hospitais..

Essa é uma matéria que bem espelha o problema da saúde no Brasil.

Para quem não sabe eu também nasci de modo prematuro...
Infelizmente mais um pequeno brasileiro que não teve defesa..


"Recém-nascido morre após receber leite na veia em hospital de SP

Um bebê de 12 dias morreu nesta segunda-feira (7) após receber 10 ml de leite materno na veia no hospital municipal Professor Mario Degni, na zona oeste de São Paulo.

De acordo com informações da Secretaria da Segurança Pública, Kauê Abreu dos Santos nasceu prematuro e estava internado na UTI do hospital.

Segundo depoimento do pai da criança, sua mulher deixava leite materno em um frasco todos os dias no hospital, para que bebê fosse alimentado por sonda nasal. Além do leite, o menino recebia medicamento pela veia.

Ainda segundo o relato do pai à polícia, por volta da 0h da segunda-feira o bebê recebeu 10 ml de leite pela veia, em vez do medicamento. No momento, a equipe do hospital contava com dois médicos, uma enfermeira e cinco auxiliares, segundo a secretaria.

De acordo com a secretaria, depois de 30 minutos a equipe médica percebeu que o recém-nascido teve queda no nível de oxigênio. Seu estado de saúde piorou, e ele morreu às 7h25.

O caso foi registrado no 51º DP (Rio Pequeno) como homicídio culposo e é investigado pela polícia.

A Secretaria Municipal de Saúde afirmou em nota que "considera inaceitável este tipo de ocorrência" e disse que instaurou inquérito administrativo para apurar o caso. Segundo a secretaria, a auxiliar de enfermagem envolvida foi demitida.

A secretaria afirmou ainda que lamenta a morte do bebê e disse que a direção do hospital está à disposição da família para esclarecimentos."

Fonte: Folha de São Paulo online

Será que ainda vamos ficar calados, quando todos os dias somos surpreendidos com situações como estas?

Abraços e um ótimo dia para todos.

Fernando Moraes.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Primeiros comentários...

Amigos, bom dia!!!

Estou feliz... o meu blog começou com pé direito!!
Já recebi comentários de apoio.. isso é muito bom.
Os frutos já se tornam uma realidade..
Realmente, quero criar uma atmosfera de amizade, de troca de experiências.. e, acima de tudo, proporcionar um outro local para reflexão, dando voz e vez para aqueles que não tem...
Espero, sinceramente, que muitos colaborem, dando sugestões, opiniões, criticas, sempre na esperança de que possamos criar uma sociedade mais justa, plurarista, solidária e verdadeira..
Fernando Moraes.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Vejam esta notícia.. Dê sua opinião

Tetraplégico encomenda a morte ao próprio irmão
(07.11.11)

 
 A condição de tetraplégico motivou um homem de 28 anos a encomendar a própria morte em Rio Claro, 174 Km de SP.

Geraldo Rodrigues de Oliveira e o irmão Roberto Rodrigues de Oliveira, 22 anos, simularam um assalto no qual Geraldo acabou morto.

A Polícia Civil já concluiu a reconstituição do crime. De acordo com as investigações, Geraldo sofreu um acidente há dois anos e meio. Sem poder se movimentar e vivendo em uma cama, ele já havia pedido inclusive para que a esposa o matasse, o que foi negado.

Como não conseguia cometer suicídio, Geraldo propôs ao irmão a simulação de um latrocínio. Roberto aceitou e planejou o crime com a vítima.

Em depoimento, um sobrinho da vítima, que morava com o tio tetraplégico, disse que Roberto invadiu a casa encapuzado e atirou contra Geraldo, que foi atingido no ombro e no pescoço. O suposto assaltante ainda levou R$ 800 para que a polícia acreditasse em assalto.

Roberto foi preso e teve a prisão temporária decretada. Ele responderá por homicídio doloso, quando há intenção de matar.

- Ele pode ser condenado a uma pena de até 20 anos, embora se tenha um homicídio privilegiado, para atenuar o sofrimento do irmão - disse o delegado seccional Roberto José Daher.

Nas primeiras peças remetidas a Juízo, o delegado Marcos Fuentes informa que Geraldo perdeu os movimentos do pescoço para baixo em abril de 2009, quando Roberto desafiou o irmão a disputar um racha entre moto e carro.

Geraldo acabou capotando o automóvel que dirigia. "Ele culpava o irmão e dizia que era obrigação dele matá-lo", afirmou Fuentes. Segundo ele, a vítima vivia dizendo "nem me matar eu consigo".

Segundo Roberta Wingand, uma das advogadas do acusado, ele não tem antecedentes criminais e sempre cuidou do irmão.

A conduta de Roberto, segundo ela, foi causada "pelo enorme sofrimento do irmão, que clamava pela morte, que foi uma forma de libertação".

no Espaço Vital

Primeiras idéias..

Amigos, resolvi usar este blog para externar tudo que passo, e sinto...
Minha condição de (d)eficiente fisico, muito embora faça com que eu tenha algumas limitações... também me dá outras características bem peculiares..
Sou uma pessoa que consigo, por minha sensibilidade, descobrir nas pessoas aquilo que elas tem de bom... e o que não tem de tão bom..
Minha profissão (advogado), possibilita que eu dê sentido na busca da verdade, para tudo que percebo como injustiça neste mundo..
Sei que não sou o único que assim age... mas, certamente, possuo uma característica distinta de muitas pessoas.
Esta característica, me motiva, me anima, me alimenta, me conforta.
É A PRESENÇA DE DEUS E SUA INFINITA MISERICÓRDIA!!
Tem ainda minha esposa, que me completa e ajuda na superação de todas as dificuldades.
Se você se identificou com alguma destas características, divida com os demais, assim poderemos auxiliar tantos quantos estejam procurando apoio e não encontram.
Tenham um ótimo dia!!

Fernando Moraes

Apresentação

Amigos blogueiros, apresento esta forma de comunicação virtual, para que eu possa dividir, compartilhar e aprender, relatando minhas experiências, como (d)eficiente fisico, neste mundo.
Quero que todos participem..
Vou, ao longo do tempo, expondo minhas idéias, angústias, informações, dificuldades, sucessos, que este tema contempla.
Como advogado também pretendo relatar alguns fatos, de cunho jurídico, buscando ajudar tod(a)os aqueles/aquelas que passam ou passaram por situações similares.
Conto com o apoio e ajuda de todos!!

Fernando Moraes.