quarta-feira, 7 de março de 2012

A D V O G A R – VOCAÇÃO, REALIZAÇÃO E MISSÃO

Após mais de vinte anos de atividade profissional entendi que é necessário um novo desafio, um novo paradigma. Percebi que apenas advogar não bastaria. É importante a atuação junto às empresas, associado à inclusão social. Por que falo isso? Duas questões principais sempre me deixaram inquieto: Por que o portador de necessidades especiais, como eu, dificilmente conseguia uma formação profissional adequada, bem como a sua não inclusão na vida em sociedade?
Nasci exatamente a 47 (quarenta e sete) anos atrás, numa gestação de 06 (seis) meses e meio. Durante o parto, por falta de oxigenação, sofri uma lesão cerebral que afetou os meus membros inferiores (diplegia espástica).
Cresci num lar onde estas duas perguntas foram sendo respondidas ao longo do tempo, ou seja, tive oportunidades, com auxílio dos meus familiares e por meu próprio esforço pude alcançar a minha formação profissional e me incluir no mercado de trabalho.
No entanto, embora minha realidade muito particular tenha sido diversa, não é o que se observa na maioria das pessoas na mesma situação que a minha, por exemplo.
O que se vê? Via de regra, o portador de necessidades especiais atrelado a benesses sociais dos níveis de governo, muitas vezes dependente de uma ou mais pessoas, evidentemente com raras exceções. Baseado nessa realidade e utilizando minha experiência pessoal, venho dar minha contribuição para a mudança da realidade social que nos norteia.
Meu sonho, desde que ingressei na faculdade de Direito, era e é aliar meus conhecimentos, minha atividade e meus anseios, visando auxiliar àqueles que mais precisam sejam empresas, entidades e/ou pessoas.
Desde meu início no Direito fui levado à advocacia empresarial, mas nunca fiquei dissociado dos meus verdadeiros objetivos, razão pela qual hoje me sinto capacitado para a realização de tão árdua, mas bela tarefa.
Sendo assim, no dia-a-dia profissional, no trato com as empresas, sempre percebi um tanto de desatenção no que diz respeito às questões jurídico-administrativas, isto quer dizer: Uma falta de assessoria/consultoria jurídica, visando, em outras palavras, a proteção de seu produto/serviço, de seus funcionários e fornecedores, associado a possibilidade de inclusão, ascensão e promoção dos portadores de necessidades especiais, sejam nas empresas e/ou como consumidores em potencial. Atualmente, muitas empresas vêm atentando para esse fato e os resultados são altamente positivos. Porém, em nossa região, infelizmente, isso ainda é incipiente.
Neste diapasão gostaria de saber qual é a realidade no restante do país e o que poderia ser feito para adequar minhas idéias com as realidades sociais?
Fico no aguardo de algumas orientações, opiniões, sugestões sobre o tema proposto.
Atenciosamente,
Fernando Hofmeister de Moraes
Advogado
Contatos: e-mails: fernandomoraes843@gmail.com
fernandohmoraes@ig.com.br
blog: http://www.comoserdeficientenomundo.blogspot.com/

Um comentário:

  1. Oi Fernando! Excelente texto! Realmente inclusão é um assunto que vem sendo abordado até com uma relativa frequência, no entanto de uma forma muito superficial. A tua proposta é excelente e o mundo dos blogs se adequa perfeitamente ao debate. Fico contigo por aqui.
    Um grande beijo

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