(07.11.11)
Geraldo Rodrigues de Oliveira e o irmão Roberto Rodrigues de Oliveira, 22 anos, simularam um assalto no qual Geraldo acabou morto.
A Polícia Civil já concluiu a reconstituição do crime. De acordo com as investigações, Geraldo sofreu um acidente há dois anos e meio. Sem poder se movimentar e vivendo em uma cama, ele já havia pedido inclusive para que a esposa o matasse, o que foi negado.
Como não conseguia cometer suicídio, Geraldo propôs ao irmão a simulação de um latrocínio. Roberto aceitou e planejou o crime com a vítima.
Em depoimento, um sobrinho da vítima, que morava com o tio tetraplégico, disse que Roberto invadiu a casa encapuzado e atirou contra Geraldo, que foi atingido no ombro e no pescoço. O suposto assaltante ainda levou R$ 800 para que a polícia acreditasse em assalto.
Roberto foi preso e teve a prisão temporária decretada. Ele responderá por homicídio doloso, quando há intenção de matar.
- Ele pode ser condenado a uma pena de até 20 anos, embora se tenha um homicídio privilegiado, para atenuar o sofrimento do irmão - disse o delegado seccional Roberto José Daher.
Nas primeiras peças remetidas a Juízo, o delegado Marcos Fuentes informa que Geraldo perdeu os movimentos do pescoço para baixo em abril de 2009, quando Roberto desafiou o irmão a disputar um racha entre moto e carro.
Geraldo acabou capotando o automóvel que dirigia. "Ele culpava o irmão e dizia que era obrigação dele matá-lo", afirmou Fuentes. Segundo ele, a vítima vivia dizendo "nem me matar eu consigo".
Segundo Roberta Wingand, uma das advogadas do acusado, ele não tem antecedentes criminais e sempre cuidou do irmão.
A conduta de Roberto, segundo ela, foi causada "pelo enorme sofrimento do irmão, que clamava pela morte, que foi uma forma de libertação".
no Espaço Vital
Oi, sou Delu Diniz Soares.
ResponderExcluirFiquei impressionada com a complexidade do caso.
Os sentimentos como principal elemento, a parte psicológica e afetiva não me deixam ver com clareza o fato em si. Não consigo ver o crime como um advogado consegue ver. Como Engenheira Civil, só consigo ter pena de todos os envolvidos.
Fernando, estou gostando muito do teu blog.
Boa Sorte! Beijão da Delu.